sexta-feira, 28 de março de 2014

[Matéria] Colorindo a Pedreira: projeto leva mais cor e vida a aglomerado de BH

VT para quadro "Agindo Bem" | Programa De Tudo um Pouco | Rede Super de Televisão




Com o objetivo de levar mais cor e vida ao aglomerado Pedreira Prado Lopes, em Belo Horizonte (MG), a Igreja Batista da Lagoinha criou o projeto “Colorindo a Pedreira”. A primeira ação aconteceu em janeiro deste ano. Em sua terceira intervenção na comunidade, calcula-se que o projeto tenha deixado de cara nova pelo menos 150 imóveis da região.


segunda-feira, 24 de março de 2014

[Matéria] Chá com Cartas: publicitário vira "mensageiro" e entrega correspondências para desconhecidos

VT para quadro "Agindo Bem" | Programa De Tudo um Pouco | Rede Super de Televisão




Há quanto tempo você não recebe uma carta? E qual foi a última vez que você escreveu uma carta pra alguém? Se faz muito, muito tempo, você precisa conhecer o projeto “Chá com Cartas”, uma iniciativa de intervenção urbana que incentiva o resgate da escrita e troca de correspondências.

O projeto surgiu de um desejo pessoal do ator e publicitário Ramon Brant depois que ele recebeu uma carta de uma amiga que “mexeu muito” com ele. “Na carta dessa amiga só dizia uma frase: ‘a saudade é o amor que fica’”, lembra. “Eu senti que devia compartilhar essa sensação”. E, a partir disso, durante um trabalho de conclusão de curso, nasceu o “Chá com Cartas”, com o objetivo de estimular a aproximação através da palavra.

Ramon Brant e Bárbara Toffanetto integram o projeto "Chá com Cartas" (Foto: Divulgação)
Atualmente, o projeto conta com a atuação de Ramon Brant e da designer de moda Bárbara Toffanetto. As intervenções costumam ser organizadas em três dias: no primeiro, Ramon sai às ruas caracterizado como um mensageiro antigo – com direito a bicicleta de carteiro da década de 40! – e deixa cartas para desconhecidos. Dentro do envelope, um recado: “escreva uma carta para um amigo, um amor, um parente, que no dia seguinte o nosso mensageiro virá, pegará a sua carta e levará até o destinatário”. No segundo dia, o publicitário volta às residências, recolhe as cartas e, no terceiro e último dia de intervenção, entrega as correspondências pessoalmente aos destinatários. “Quando é em outro estado ou uma cidade muito distante, eu envio por correio ou peço ajuda pros amigos”, explica. Fruto da boa vontade e do desejo de transformar, a iniciativa não é patrocinada.

 • Acesse a página do projeto: facebook.com/chacomcartas

O papiro, as cartas clássicas e as relações sociais 

A origem da carta é tão remota quanto a própria escrita. Tradição desde a Idade Antiga, com a descoberta do papiro (o precursor do papel), esse tipo de comunicação assumiu um caráter mais amplo com os mensageiros da Idade Média. “Todos os impérios (da antiguidade) tinham que manter a administração das províncias. Eles precisavam estar informados de todos os acontecimentos. Então, esse meio de comunicação era mais que necessário”, explica a historiadora Sílvia Lima Santos.

De Pero Vaz de Caminha aos jesuítas do período colonial, a carta aparece como instrumento de comunicação eficiente e importantíssimo. São documentos que não apenas registram histórias, mas que também contribuem para o desenvolvimento das relações sociais. “Comunicar é pôr em comum. Mesmo quando a gente conversa solitariamente, a gente constrói um outro com o qual a gente se comunica. Então, toda comunicação é eminentemente dialógica. E a carta é um dos grandes exemplos disso”, explica o doutor em Ciências da Linguagem Wander Emediato. “É uma prática social importante”.