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Há quanto tempo você não recebe uma carta? E qual foi a última vez que você escreveu uma carta pra alguém? Se faz muito, muito tempo, você precisa conhecer o projeto “Chá com Cartas”, uma iniciativa de intervenção urbana que incentiva o resgate da escrita e troca de correspondências.
O projeto surgiu de um desejo pessoal do ator e publicitário Ramon Brant depois que ele recebeu uma carta de uma amiga que “mexeu muito” com ele. “Na carta dessa amiga só dizia uma frase: ‘a saudade é o amor que fica’”, lembra. “Eu senti que devia compartilhar essa sensação”. E, a partir disso, durante um trabalho de conclusão de curso, nasceu o “Chá com Cartas”, com o objetivo de estimular a aproximação através da palavra.
• Acesse a página do projeto: facebook.com/chacomcartas
O papiro, as cartas clássicas e as relações sociais
A origem da carta é tão remota quanto a própria escrita. Tradição desde a Idade Antiga, com a descoberta do papiro (o precursor do papel), esse tipo de comunicação assumiu um caráter mais amplo com os mensageiros da Idade Média. “Todos os impérios (da antiguidade) tinham que manter a administração das províncias. Eles precisavam estar informados de todos os acontecimentos. Então, esse meio de comunicação era mais que necessário”, explica a historiadora Sílvia Lima Santos.
De Pero Vaz de Caminha aos jesuítas do período colonial, a carta aparece como instrumento de comunicação eficiente e importantíssimo. São documentos que não apenas registram histórias, mas que também contribuem para o desenvolvimento das relações sociais. “Comunicar é pôr em comum. Mesmo quando a gente conversa solitariamente, a gente constrói um outro com o qual a gente se comunica. Então, toda comunicação é eminentemente dialógica. E a carta é um dos grandes exemplos disso”, explica o doutor em Ciências da Linguagem Wander Emediato. “É uma prática social importante”.
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